domingo, 16 de janeiro de 2011

DOMOTEX_feira de tapetes em hannover 2011

visitar a feira de tapete domotex todos os anos pode não ser uma boa idéia. a velocidade com que se inova no mundo dos tapetes é diferente do universo da moda, por exemplo. portanto, como viemos à feira no ano passado, vimos muitas novidades que ainda são boas novidades, mas não percebemos coisas realmente inovadoras e que pudessem ser contadas aqui enquanto tal. pode-se falar em tendências de cores: fundos escuros fendi, marrons, azuis e estampas beringela, bordeaux, pretas, isto sim! os desenhos clássicos destruídos na lavagem (stone washed) também ganharam uma proporção enorme nos principais estandes.


a feira tem uma premiação com um juri especializado sensacional e o fato da premiação se tornar aberta neste ano pra quem não está expondo na feira é ótimo. isto fez com que muitos tapetes diferentes e de diversas regiões do mundo pudessem participar.

nesta foto à esquerda é o estande do rug star que fica junto do stand do jan kath à direita

jan kath continua sendo "o cara"! neste ano ele venceu em duas categorias do prêmio e agora está realizando parceria com os produtores orientais. isto é uma boa atitude. subiu ao palco pra receber o prêmio convidando a turma do oriente para subir com ele. mas as inovações ficaram por conta das coleções tradicionais e na revisão da tradição e não nas coleções que foram o carro chefe dele até hoje: modern rugs.

outras cias produtores de tapetes contemporâneos e muito fashion (em geral inglesas, mas também alemãs, canadenses e suíças) estão visivelmente crescendo. uma delas é parceira do jan kath, a rug star. eles são realmente arrojados, mas, eu, particularmente, acho os tapetes muito desenhados, artísticos demais e nada comerciais (pelo ao menos não venderia no brasil). muita cor e forma. isto acaba competindo com o restante do espaço e talvez até enjoando de tão forte. fico pensando que este tipo de peça é realmente diferente de uma boa peça de design. fica exatamente no limite entre o design e a arte. daí que tá valendo pra compor ambientes das casas dos colecionadores (e falar isto mataria qualquer curador ou artista de raiva se estivessemos falando de pinturas). às vezes tapetes para serem pendurados na parede ou pra ficar solto numa grande sala... eu prefiro os que são radicalmente novos na técnica e no design, mas que podem ser usados em muitos ambientes e possuem uma presença mais sutil. e que, claro, cumpram seu papel de oferecer conforto ao espaço. outras novas cias também produzem um design bastante interessante e vale citar aqui (premiadas ou finalistas também neste ano): floor to heaven e a knots rugs.





também é bom lembrar que há uma nova leva de designers e cias que são de origem árabe e que estão desenvolvendo tapetes com características fortes tradicionais, mas também com inovações nos acabamentos, cores e padronagens, sem perder as características milenares orientais. alguns deles: zollanvari, hanif sons e chuk palu rugs.


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